quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Meus Mestres


A sabedoria
A perfeição

A capoeira


Tinha 16 anos, e de repente me vi numa imensa roda de capoeira em pleno Farol da Barra ao som da música mais linda da Bahia “É D'Oxum” (Gerônimo e Vevé Calazans). Um momento singular na minha vida! Eu era aluno do ainda vivo mestre João Pequeno, hoje com 91 anos de idade e 76 anos só de capoeira. Eu ainda não sabia quase nada de capoeira mas, tinha toda a manha (gingado) e muita vontade de aprender. "A capoeira Angola me deu muita malícia"e, entre rabos de arraia e toques de berimbau, dei minha vida para a capoeira me embrenhando de vez na ginga. Fui aluno de Alabama onde aprendi a perfeição dos golpes e a certeza do ataque mas, foi com Roberto King Kong o “nenequinha” que me apaixonei de verdade pela capoeira. Um negro com sangue no olho e uma velocidade ao finalizar o adversário que me deixou fascinado. Não pensei duas vezes em deixar Alabama e fui treinar com ele, que me causou um certo desconforto entre os colegas por acharem que fui um traidor. Mais na época ele era a "capoeira” e eu tinha que ir treinar com o melhor pra me tornar o melhor e até cheguei a ser campeão da Copa TV Itapoan de Capoeira. Que saudade das ladainhas que executava. Hoje, a minha impostação de voz, se deve a elas.

Teria muitas histórias pra contar mas, o texto ficaria imenso e cansativo pra ler. Quando escrever o meu livro contarei várias delas, rsrsrs! Só sei que poderia ter me tornado um bom mestre de capoeira se tivesse dado andamento a tal conquista mas, fica aqui só o ”se” e a saudade que tenho da capoeira. Ano que vem preciso arranjar um tempinho para o esporte. Tô muito sedentário! E adivinha qual esporte vai ser?

Foto: www.jacobinaarte.com/index1.htm



Um comentário:

  1. Axé camara... capoeira é tudo...gostei do texto...qdo der visita meu blog www.ecosdotelecoteco.blogspot.com . Abraço e sucesso aí

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